domingo, 31 de março de 2013

Visita Pascal


 
 


11 equipas anunciaram a Ressurreição do Senhor de casa em casa.
Em Igreja ninguém atua em nome próprio, somos enviados por:
- Jesus Cristo
- Igreja
- Comunidade paroquial.

Na visita pascal, o Importante só pode ser Cristo. Por isso, é de acolher com alegria o Ressuscitado, simbolizado na cruz e na fé dos irmãos.

As equipas vinham satisfeitas. Pese embora alguma chuva ao fim da manhã, os enviados sentiram-se acolhidos e reinou um clima de paz e de satisfação que o dia bem propicia.
A gratidão da comunidade para estes irmãos que, deixando as suas famílias, se dispuseram a servir os irmãos na visita pascal. Muito obrigado.

Uma Santa Páscoa!

 
Depois da Vigília Pascal:

Já é Páscoa no tempo,

há alegria e esplendor,
...
vivacidade e contentamento.

Os foguetes vão estourar,

as flores vão brilhar,

as pessoas vão vibrar,

as casas vão encher

para Te acolher, Senhor.

Há dois mil anos,

removeste a pesada pedra do Teu sepulcro.

Pedimos-Te, Senhor,

que, hoje mesmo,

removas alguma pedra que ainda endureça os nossos corações:

a pedra do pecado,

a pedra do egoísmo,

a pedra da falsidade,

a pedra da injustiça, do ódio e da violência.

Aqui nos tens, Senhor,

não queremos ser sepultura mas berço.

Queremos que nasças sempre em nós

e queremos renascer sempre para Ti.

É tempo de Páscoa.

Exulta a natureza.

Vibram as crianças.

Cantem as multidões.

Que a Páscoa traga Paz,

Amor, Partilha e Felicidade.

Que os rostos sorriam,

que as mãos se juntem,

que os passos se aproximem,

que os corações se abram.

Obrigado, Senhor,

por morreres por nós.

Obrigado, Senhor,

por ressuscitares para nós.

Voltaste para o Pai e permaneces connosco.

Na Eucarista, és sempre o Emanuel.

Que Te saibamos receber

e que Te queiramos anunciar.

Hoje vais entrar em nossas casas.

Que nós nunca Te afastemos da nossa vida.

É Páscoa no tempo.

Que seja Páscoa na vida,

na nossa vida,

na vida da humanidade inteira.

Fonte: aqui

sábado, 30 de março de 2013

Boletim da Páscoa


A Paróquia de S. Pedro de Tarouca publica o Boletim APELO, referente à Páscoa.
As 11 equipas que amanhã anunciarão de casa em casa a Ressurreição de Jesus Cristo  vão deixar em cada lar o boletim.
É uma prova do carinho e do empenho da comunidade paroquial pelas suas famílias.
O boletim, além da reflexão sobre a Páscoa, traz informações sobre a Visita Pastoral e a vida paroquial.
Pede-se, por isso, a melhor aceitação e divulgação do nosso boletim.

CORRECÇÃO
Por mais cuidados que haja, as deficiências acabam por aparecer. Delas pedimos desculpa.
Particularmente, a data da visita do Sr Bispo à catequese, seguida da Missa com crianças está errada. Será em 27 de Abril.
Obrigado

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

Leituras: aqui
 
PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO!
O “mistério da fé, para a salvação do mundo”, não se fica, nem se fixa, no anúncio da paixão e morte do Salvador. A inteira Páscoa de Cristo culmina na Sua ressurreição! Por isso, escutávamos, com grande espanto e enorme alegria, a mensagem que nos chegava do alto: «Não está aqui. Ressuscitou» (Lc 24,6).
1. A ressurreição de Jesus, é, de facto, um acontecimento, tão real e tão histórico, como o da Sua paixão e morte na cruz. Mas, enquanto obra suprema do amor de Deus (cf. CIC, nn. 648-650), o ato, em si mesmo, da ressurreição de Jesus, não tem testemunhas oculares, que o descrevam; ainda menos, a sua essência mais íntima, que é a passagem a uma outra vida, poderia ser captada, pelos nossos sentidos (cf. CIC 647)! Por isso justamente cantávamos, diante da luz nova do círio pascal: «Oh noite bendita, única a ter conhecimento do tempo e da hora em que Cristo ressuscitou do sepulcro». A ressurreição de Jesus acontece na história, não passa à história, mas ultrapassa a própria história da nossa humanidade.
2. De resto, a ressurreição é uma surpresa completa, para a fé dos judeus, para a esperança das mulheres e dos discípulos, que nem queriam crer, nem podiam ainda entender. E, neste sentido, também a ressurreição, constitui um mistério, um acontecimento que os transcende a todos, uma realidade que supera todas as suas expetativas (cf. CIC, nn. 639-647), e que só o olhar da fé, iluminado pela Palavra das Escrituras, poderá alcançar! Por isso se diz, que o discípulo amado, “viu e acreditou” (Jo 20,8)! O sepulcro vazio é apenas um sinal aberto, para a fé. Da experiência, real e histórica do encontro divinal, com o Cristo Ressuscitado, é que brotarão depois todos os testemunhos da Sua ressurreição.
3. Devemos ainda aqui esclarecer o que, já devia ser claro: não se trata, para Jesus, de voltar à vida de antigamente (cf. CIC, n. 646), ou de ser reanimado, ao terceiro dia. Não. A fé dos apóstolos proclama a todos, pela boca de Pedro: “Deus ressuscitou-O ao terceiro dia e permitiu manifestar-se a algumas testemunhas” (At.10,40). O Ressuscitado é o mesmo Cristo vivo, que passou fazendo o bem! Ele é o mesmo Crucificado, suspenso no madeiro, mas agora vive, e vive para sempre, numa plenitude e numa condição de vida, que não mais conhece a morte!
4. Neste dia da Ressurreição do Senhor, estamos a professar, a celebrar e a viver o mistério central da nossa fé cristã, a tal ponto que São Paulo avisara os coríntios: “Se Cristo não ressuscitou é vã a vossa fé.(…) Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, como primícia dos que morreram” (cf. I Cor.15,16-21). Por outras palavras, a ressurreição de Jesus inaugura uma nova vida, para nós. Ela não é um acontecimento isolado e do passado, que diga só respeito a um certo Jesus de Nazaré; trata-se, de uma mutação decisiva, de uma transformação inteira, dentro da nossa própria humanidade, que nos atinge e alcança a todos, que nos leva e eleva da morte, para a vida inteira e verdadeira. A ressurreição de Jesus é, por isso mesmo, o «princípio e fonte da nossa ressurreição futura» (CIC, n. 655).
5. Crer que Jesus «ressuscitou ao terceiro dia» significa reconhecer que o mal e a morte, o ódio e o pecado, a desgraça e a injustiça, não têm a última palavra, pois o amor de Deus é mais forte do que a própria morte! Na Páscoa de Cristo tem apenas início aquela vida, para a qual o ser humano foi criado por Deus, e, com ela inaugura-se a regeneração da humanidade inteira. Até lá, até à nossa ressurreição futura, até que Cristo venha, a nossa vida está em boas mãos, está “escondida, com Cristo, em Deus” (Col.3,1-4). Até lá, até que Ele venha, e se manifeste nEle a nossa vida, em toda a sua glória, celebremos, com beleza e alegria, o mistério da fé, em cada Eucaristia, anunciando a sua morte e proclamando a Sua Ressurreição!
Fonte: aqui

Sábado Santo: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa

 
"Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).
No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio.
A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo pareceido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó. 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".

sexta-feira, 29 de março de 2013

A chuva não nos deixou percorrer o Caminhos das Cruzes até Santa Helena




Tudo preparado.

A Câmara havia dado um jeito ao caminho, os jovens tinham percorrido aquele caminho algumas vezes para que tudo estivesse em ordem e as coisas acontecessem no lugar certo e no tempo certo. A Via Sacra estava pronta, os cânticos escolhidos, os gestos preparados, o encerramento previsto.
Só que ninguém poderia impedir a chuva de vir quando realmente lhe deu na gana.
Já se tinha previsto uma alternativa, caso o tempo não permitisse que se subisse a Serra.
Então a Via Sacra fez-se na Igreja Paroquial na qual já os jovens tinham feito as alterações necessárias e adequadas.
Claro que não é a mesma coisa nem junta tanta gente. Foi o possível.
A Via Sacra decorreu com muita serenidade, com ritmo, sem pressas, tudo no sítio certo e no tempo certo.
 Os jovens foram maravilhosos. A assembleia esteve muito bem. Leituras, cânticos, projecções, gestos, silêncios, saudação da Cruz, leitura da Paixão do Senhor...
Três gestos marcantes: a oferta de uma pequenina cruz a cada participante, o abraço fraterno e a entrega da semente às pessoas.
A cruz que nos lembra Aquele que nos abraça, nos perdoa e nos ajuda a levar a nossa cruz.
A cruz que nos lembra as cruzes do mundo onde Jesus continua a sofrer.
O abraço fraterno que nos diz que não caminhamos sós e abandonados, vagabundo do sofrimento. Caminhamos uns com os outros, cireneus da cruz dos outros. Quando ajudamos a levar a cruz dos irmãos, tornamos mais leve a nossa cruz.
O grão de trigo é a semente que cai na escuridão da terra, não para desaparecer, mas para se transformar em vida nova e pujante, porque o amor é mais forte do que a morte.

É justa e digna uma palavra de apreço e um obrigado sentido da comunidade aos seus jovens. Parabéns, Arautos da Alegria! A todos vós, aos vossos líderes e ao Diácono Adriano, um abraço do tamanho da Serra de santa Helena.

Não fiqueis desanimados por só ter sido vista uma parte do vosso bom e generoso trabalho.
De facto fizestes atempadamente duas celebrações: a que se iria realizar pelo caminho das cruzes e a que se realizou na Igreja. Imenso trabalho de equipa, imensa dedicação.

Continuai fortes, unidos, abertos a quem chega, disponíveis para chamar outros, humildes e alegres.
Continuai a inquietar a comunidade para o bem e o belo.
Dai-nos Cristo com a alegria e beleza da vossa juventude.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Sexta-Feira Santa: O CRUCIFICADO, Sua Mãe, o Discípulo Amado e o soldado

Sexta-Feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo continua de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus, segundo o Evangelho de João, comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.
São João, teólogo e cronista da paixão, leva-nos a comtemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora torna-se mais eloquente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. Di-lo o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É ao mesmo tempo, sacerdote e templo, com a túnica sem costura que os soldados tiram à sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, aquele a quem  não quebraram os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam para ele o olhar.
 
A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente ao Gólgota, pois como discípula segue-o desde as BVodas de cana. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.
Maternidade do coração, que cresce com a espada de dor que a fecunda.

A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria contempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João  glorifica-a com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que trespassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia, realizava um último, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como numa nova criação derrama sobre nós.

A Celebração
Hoje não se celebra a missa em todo o mundo.
Fonte: aqui

Francisco celebrou primeira missa crismal no Vaticano com cerca de 1600 membros do clero

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Papa pede padres próximos do povo

Veja aqui


Homilia de D. António Couto na Missa Crismal

Exalando o bom perfume de Cristo (2 Coríntios 2,14-15),
sem nunca perder o «cheiro das ovelhas» (Papa Francisco)
 Veja aqui

QUINTA-FEIRA SANTA

 
É Quinta-Feira-Santa. Termina a Quaresma. Inicia-se o tríduo pascal. É, portanto, um dia em três dias. Celebra-se a paixão, morte, sepultura e ressurreição de Jesus.
Hoje, concretamente, assinalamos as duas grandes «invenções» de Jesus: a Eucaristia e o Sacerdócio. Deixou-nos um único mandamento: que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou, como Ele nos ama. Pediu-nos a simplicidade, a humildade, o despojamento. Nestes dias, há uma certa tentação para as pompas, para o esplendor. Mas isso não congraça com a mensagem de Jesus. Ele merece o melhor. E o nosso melhor será (procurar) ser como Ele: na humildade e na paz!
João Pinheiro

quarta-feira, 27 de março de 2013

O que é o Tríduo Pascal?

 
No novo calendário e nas normas litúrgicas para a Semana Santa, o Tríduo Pascal apresenta-se como uma só coisa com a Páscoa. É um tríduo da paixão e ressurreição, que abrange a totalidade do mistério pascal.
Cristo redimiu o género humano e deu perfeita glória a Deus principalmente através de seu mistério pascal: morrendo destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida. O tríduo pascal da paixão e ressurreição de Cristo é, portanto, o auge de todo o ano litúrgico.
 
O tríduo começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, alcança seu cume na Vigília Pascal e termina com as vésperas do Domingo de Páscoa.
 
 Cristo, quando aludia a sua paixão e morte, nunca as dissociava de sua ressurreição. No evangelho   (Mt 20,18-19) fala delas em conjunto: «Vamos subir a Jerusalém e o Filho do Homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da Lei, que o vão condenar à morte. Hão-de entregá-lo aos pagãos, que o vão escarnecer, açoitar e crucificar. Mas Ele ressuscitará ao terceiro dia.»
 
É significativo que os Padres da Igreja, como Santo Ambrósio  e Santo Agostinho, concebam o tríduo pascal como um todo que inclui o sofrimento do Jesus e também sua glorificação. Santo Ambrósio, num dos seus escritos, refere-se aos três Santos dias (triduum illud sacrum) como aos três dias nos quais sofreu, esteve no túmulo e ressuscitou, os três dias aos que se referiu quando disse: "Destruam este templo e em três dias o reedificaré". Santo Agostinho, numa de suas cartas, refere-se a eles como "os três sacratíssimos dias da crucificação, sepultura e ressurreição de Cristo".
 
Esses três dias, que começam com a missa vespertina da quinta-feira santa e concluem com a oração de vésperas do domingo de páscoa, formam uma unidade, e como tal devem ser considerados. Por conseguinte, a Páscoa cristã consiste essencialmente em uma celebração de três dias, que compreende as partes sombrias e as facetas brilhantes do mistério salvífico de Cristo. As diferentes fases do mistério pascal  estendem-se ao longo dos três dias como em um tríptico: cada um dos três quadros ilustra uma parte da cena; juntos formam um tudo. Cada quadro é em si completo, mas deve ser visto em relação com os outros dois.
 
Interessa saber que tanto na sexta-feira como na sábado santo, oficialmente, não integram a quaresma. Segundo o novo calendário, a quaresma começa na quarta-feira de cinza e conclui-se na quinta-feira santa, excluindo a missa da Ceia do Senhor. Sexta-feira e  sábado da Semana Santa não são os últimos dois dias de quaresma, mas sim os primeiros dois dias do "sagrado tríduo".
 
Pensamentos para o tríduo.
A unidade do mistério pascal tem algo importante a ensinar. Diz-nos que a dor não somente é seguida pelo gozo, mas que já o contém em si. Jesus expressou isto de diferentes maneiras. Por exemplo, Jesus disse a seus apóstolos: "haveis de chorar e lamentar-vos, ao passo que o mundo há-de gozar. Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há-de converter-se em alegria!" (Jo 16,20). Como se a dor fosse um dos ingredientes imprescindíveis para forjar a alegria. A metáfora da mulher com dores de parto  expressa-o maravilhosamente. Sua dor, efetivamente, engendra alegria, a alegria "de que ao mundo lhe nasceu um homem".
Outras imagens vêm à memória. Todo o ciclo da natureza fala de vida que sai da morte: "Se o grão de trigo, que cai na terra, não morre, fica sozinho; mas se morrer, produz muito fruto" (Jo 12,24).
A ressurreição é nossa Páscoa; é um passo da morte à vida, da escuridão à luz, do jejum à festa. O Senhor disse: "Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto" (MT 6,17). O jejum é o começo da festa.
O sofrimento não é bom em si mesmo; portanto, não devemos buscá-lo como tal. A postura cristã referente a ele é positiva e realista. Na vida de Cristo, e sobretudo na sua cruz, vemos seu valor redentor. O crucifixo não deve reduzir-se a uma dolorosa lembrança do muito que Jesus sofreu por nós. É um objeto no qual nos  podemos glorificar porque está transfigurado pela glória da ressurreição.
As nossas vidas estão entretecidas de gozo e de dor. Fugir da dor e das penas a toda custa e procurar gozo e prazer por si mesmos são atitudes erradas. O caminho cristão é o caminho iluminado pelos ensinos e exemplos do Jesus. É o caminho da cruz, que é também o da ressurreição; é esquecimento de si, é perder-se por Cristo, é vida que brota da morte. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a pauta e o programa que devemos seguir nas nossas vidas.
Fonte: aqui

segunda-feira, 25 de março de 2013

Paróquia de Tarouca - Programa da Semana Santa


Veja aqui

Observação: se em Sexta-Feira Santa estiver a chover, então a Via-Sacra será na Igreja pelas 15 horas.

Jovens desta comunidade em acção promovida pelo Secretariado Diocesano da Juventude

Foto

Vinte jovens da comunidade paroquial tarouquense participaram ontem numa vigília em Lamego com outros jovens da diocese, onde esteve presente o sr. Bispo.
Seguiu-se a  Cristoteca. Os jovens  divertiram-se, partilharam e viveram a alegria de serem cristãos.

A Semana Santa enche os nossos olhos de Jesus

 
A Semana Santa enche os nossos olhos de Jesus. É a Escritura Santa aberta e saboreada mais intensamente, são as imagens densas doridas de Jesus e de Maria, a iconografia, a pintura, a iluminura, a arte sacra ao vivo, a Cruz e a Luz, são as procissões subindo e descendo musicalmente ruas e calçadas, somos nós lado a lado, mais irmanados do que nunca.
 
A Semana Santa ou «grande» ou dos «mistérios» ou semana «autêntica» é Deus que desce ao nosso mundo mais fundo do que nunca, que caminha connosco, que nos dá a mã, que nos mata a fome, que nos dessedenta. A Semana Santa é o caminho estreito entalado entre dois caminhos, o caminho quaresmal e o caminho da missão. A Semana Santa é a semana da verdade, em que não nos podemos mais esconder, mas temos de assumir a nossa fragilidade, as nossas dores e a nossa alegria. 

A Semana Santa é ao tempo de saber e sentir que Deus nos ama, e que por isso, e só por isso, brota o sentido em borbotões, e invade a nossa vida e a nossa morte. A Semana Santa é o tempo de nos apercebermos que muitas vezes fazemos figuras ridículas: quando não nos amamos, quando embirramos, quando não vemos o rosto de Deus no rosto dos nossos irmãos. A Semana Santa é um tempo novo, dado por Deus, para nascermos verdadeiramente à sua imagem. 
 
 A Semana Santa, com o Tríduo Pascal em grande destaque, é o cume e a fonte do inteiro ano litúrgico, que devemos viver e celebrar, sem nos cansarmos, Domingo após Domingo. A Semana Santa é o tempo aberto a todas as lições, e que abre de par em par os nossos corações.
D. António José da Rocha Couto, Bispo de Lamego

domingo, 24 de março de 2013

SEMANA SANTA NA PARÓQUIA - Programa

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Semana Santa. Celebramos o Mistério Pascal de Cristo: Sua Paixão, Morte e Ressurreição.
 
“Quando caminhamos sem a Cruz,
quando edificamos sem a Cruz,
ou professamos um Cristo sem Cruz,
não somos discípulos do Senhor:
somos mundanos,
somos bispos, padres, cardeais, leigos, papa,
mas não somos discípulos do Senhor”.
(Papa Francisco)
 
Quinta-Feira Santa: Missa da Ceia do Senhor, com o lava-pés, às 18 horas

Sexta-Feira Santa: Via Sacra para Santa Helena pelo caminho das cruzes, a partir das 15h, orientada pelo sr Diácono. O Pároco orientará na na Capela de Santa Helena uma Via Sacra para quem não pode subir a serra a pé. No fim, todos saudamos a Cruz redentora.

Sábado Santo: Vigília Pascal às 23 horas na Igreja

Domingo: DIA DE PÁSCOA: Procissão às 7 horas, seguida da Eucaristia. Depois da Missa começa a Visita Pascal.

ImporteNo Dia de Páscoa, muda a hora. Entra a hora de Verão.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Paróquia de Tarouca: COMUNHÃO PASCAL


Sábado, 23 de Março
15 - 17 horas: Confissões
Pelas 17 horas - Jubileu da Irmandade das Almas

Sacramento da Reconciliação (Confissão) é o banquete do perdão de Deus.
 
CONFESSAR-ME, EU???
- Não tenho pecados…
- Os padres ainda são mais pecadores…
- Não tenho tempo…
- Que diriam os meus amigos se me vissem ir confessar!?
- Confesso-me directamente a Deus…
- Tenho vergonha de me ir confessar…
- Há tanto tempo que não me confesso que já nem me sei confessar...
- Os meus pecados são sempre os mesmos...
- etc, etc
ACHA QUE ESTAS RAZÕES O CONVENCEM? OU SÃO DESCULPAS…?
Um pouco de humildade ajuda-nos a encontrar a verdade.

UM CASO NA VIDA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Um dia S. Francisco disse para os que o acompanhavam: "dizei-me qual é o padre mais escandaloso que conheceis, é esse que eu vou escolher para me confessar. Assim sei que não é ele que perdoa os meus pecados, mas Jesus Cristo".

A confissão é acima de tudo o sacramento do perdão. Para perdoar. Para se sentir o perdão de Deus.
A confissão, além de permitir o perdão dos pecados, deve ser um encontro com o outro, com o próprio Deus numa pessoa concreta. Na pessoa do sacerdote.
O Sacramento da confissão é a celebração da misericórdia, do carinho e do amor de Deus para QUEM perdoar é Festa.
Deus nunca nega o seu perdão a "um coração humilde e arrependido". Por isso, podemos ir "confiantes ao trono da graça para obtermos de Deus a graça de um auxílio oportuno."
No íntimo de cada um de nós, onde nenhum médico consegue sarar as nossas feridas, só chega a mão de Deus. Deixemos que o amor misericordioso de Deus nos toque, nos sare e nos recomponha.


SÓ DEUS PODE DAR AMOR, MAS TU PODES ENSINAR A AMAR... SÓ DEUS É O CAMINHO, MAS TU PODES INDICÁ-LO AOS OUTROS... SÓ DEUS É A LUZ, MAS TU PODES FAZÊ-LA BRILHAR... SÓ DEUS SE BASTA A SI MESMO, MAS QUER PRECISAR DE TI E CONTAR CONTIGO…
Então, sê apóstolo do Sacramento da Confissão!!!

DOMINGO DE RAMOS

Leituras: aqui
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

Reunião do Conselho Pastoral Paroquial

 

Reuniu hoje, no Centro Paroquial, o Conselho Pastoral Paroquial.
Após a leituras e a aprovação da ata da reunião anterior, passou à ordem de trabalhos:
Leitura e possível aprovação da ata da reunião anterior.
Reflexão sobre o Plano Pastoral em curso e alteração da data de eleição do próximo Conselho Pastoral.
Actividades da Semana Santa/Páscoa
Visita Pastoral.
 
No tocante ao segundo ponto agendado:
- O Conselho foi informado do adiamento das eleições para o Conselho Pastoral, tendo em conta a Visita Pastoral. Contudo as eleições terão lugar dentro do presente ano pastoral.
- Foi frisado que o Lausperene correu muito bem, sendo igualmente salientado que o mesmo deveria ser realizado no próximo ano, dado o seu interesse e o empenhamento dos povos.
- Foi dito que a Festa da Catequese foi um encanto e foi reconhecido o excelente trabalho de catequistas. Os catequizandos empenharam-se e participaram com entusiasmo.
- Focou-se a Escola da Fé como um espaço para o amadurecimento e crescimento na fé, conforme o apelo do Ano da Fé que vivemos. Solicitou-se o empenho dos conselheiros, visando a participação de mais e mais gente.
- Salientou-se a participação dos catequizandos nas Eucaristias quaresmais, ajudando a comunidade na vivência litúrgica e fomentados hábitos de participação e de partilha nos mais novos.
- Falou-se no crescimento do Grupo de Jovens, apoiado na aceitação da comunidade, e salientaram-se as ações realizadas: construção do presépio, oferta da prendinha no Natal, cantar das janeiras, participação no Lauspere, encontros de oração - mesmo fora da paróquia -, encontro com jovens da diocese, acolhimento e acompanhamento do grupo de jovens universitários que estiveram entre nós no início de fevereiro, dinamização da Via-Sacra que terá lugar em Sexta-feira Santa, etc.
- Referiu-se o interesse do contacto Bispo/jovens, dado o carisma que o Prelado tem de os cativar. Falou-se ainda do blog "Mesa de Palavras" onde o nosso Bispo explica semanalmente a Palavra de Deus.
- Salientou-se a caminhada de alguns grupos, como os acólitos, que precisam, contudo, de mais entrosamento e de mais unidade.
- Foi pedida especial atenção não só aos doentes como aos pobres, fazendo chegar as situações de pobreza "envergonhada" junto de quem de direito.
- Falou-se da participação de catequistas da comunidade no encontro diocesano de catequistas onde os nossos deram também o seu testemunho.
 
Quanto ao 3º ponto da agenda:
- As cerimónias de Quinta-Feira Santa, de Sábado santo e de Dia de Páscoa seguem como costume.
- Em Sexta-Feira Santa, vai realizar-se, às 15 horas, a Via-Sacra para Santa Helena, pelo caminho das Cruzes, dinamizada pelos jovens e presidida pelo Diácono. As pessoas que não puderem subir a serra a pé, têm em Santa Helena a Via-Sacra, presidida pelo pároco. No fim, uns e outros adorarão a Cruz.
- A Visita Pascal decorrerá como costume.
 
No que se refere ao último ponto agendado, foi dado a conhecer aos conselheiros as atividades da Visita Pastoral aceites pelo senhor Bispo. Sobre elas refletiu o Conselho, bem como sobre a intervenção dos grupos e povos nesta Visita Pastoral.
No Boletim da Páscoa, serão explicitadas as atividades da Visita Pastoral para conhecimento da comunidade.

Mudança da Hora

É BOM NÃO ESQUECER...

quarta-feira, 20 de março de 2013

Capela de Gondomar em obras

 
 
A Capela de São João Baptista, Gondomar, encontra-se em obras de restauro e beneficiação.
Tanto o telhado como o tecto do templo encontravam-se em péssimo estado, havia infiltração de águas e pedaços de forro apodrecidos.
Apresentada a situação à Câmara Municipal, esta predispôs-se a fazer as obras de restauro, o que se está a realizar  neste momento.
Dadas as carências da povoação e o facto de a mesma povoação ter que suportar a conservação de três templos - esta capela, Cristo Rei e o Senhor dos Vales -, desde logo se percebe quão difícil seria para o povo o restauro da capela em causa.
É com agradecimento e aplaudo que vimos a Câmara Municipal compreender a situação e agir em conformidade.
O telhado está em fase de acabamento, seguindo-se a substituição do tecto.

terça-feira, 19 de março de 2013

O VERDADEIRO PODER É O SERVIÇO

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Missa inaugural do Pontificado do Papa Francisco
 
 
Queridos irmãos e irmãs!

Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.
Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.

Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!
E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.
A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.
Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!
Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.

19 de Março - Dia de São José

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São José,
Padroeiro da Igreja Universal,
dos operários,
das famílias
e da boa morte
A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de vossa santíssima esposa, cheios de confiança solicitamos também o vosso patrocínio. Por esse laço sagrado de caridade que vos uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente suplicamos que lanceis um olhar benigno sobre a herança que Jesus Cristo conquistou com Seu sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder. Protegei, ó guarda providente da divina família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus das ciladas de seus inimigos e de toda a adversidade. Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo e sustentados com o vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente, e obter no céu a eterna bem-aventurança.
Assim seja 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Visita aos doentes



Pároco e GASPTA visitarão os doentes desta comunidade paroquial, conforme o calendário que se segue:

20 de Março (4ªfeira): Gondomar, Quintela e Arguedeira e Esporões

21 de Março (5ªfeira): Tarouca e Castanheiro do Ouro

22 de Março (6ªfeira): Cravaz, Valverde.
Horas: 14-18h.

sábado, 16 de março de 2013

“Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer. Não a vedes”? (Is 43,19)

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1. É realmente uma coisa nova
Vemos, sim! E é assim mesmo que nos apetece responder, de imediato, a esta tão bela promessa do Senhor! Nós todos, que, no primeiro domingo da quaresma, dissemos «adeus ao cais», e entramos na barca, agitada com a renúncia de Bento XVI, agora viramos de bordo, com a eleição do Papa Francisco. É realmente uma coisa nova, que Deus realiza na nossa história: o primeiro papa jesuíta, o primeiro Papa vindo de um país da América Latina, o primeiro Papa com o nome de Francisco. Um nome novo, que nos enche de esperança, porque o pobre de Assis nos ensina a voltar às fontes do evangelho, à simplicidade e à fraternidade, com que ele restaurou, no seu tempo, uma Igreja, em ruínas. E, por isso, esta eleição pode ser vista, na barca da Igreja, como um verdadeiro “virar de bordo”, um retomar do essencial da fé, na direção de Cristo. Eis que nos foi dado, na passada quarta-feira, um Papa, que veio lá do “fim do mundo”, e que mostra, à cidade e aos homens, que, para o fazer chegar a Roma, “o Senhor abriu caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas” (Is 43,16) do Atlântico.
 
 2. Interessa-me mais o teu futuro, que o teu passado
Este virar de bordo, esta mudança para a frente, é uma primavera que se antecipa, para a Igreja. Mas é também uma promessa de vida nova, que só se cumprirá, com a nossa própria renovação, com o abandono das nossas velharias, com a renúncia dos nossos luxos ou lixos, com um corajoso deixar para trás o passado de miséria, com um completo virar de página, na nossa vida. Também nós precisamos, como Paulo, de “esquecer o que fica para trás” (Fil 3,13), seja de vã glória ou de terrível fracasso, a fim de nos lançarmos corajosamente para a frente, para ousarmos o futuro, inteiramente livres do passado. Diziam os padres do deserto, que «o senhor do passado é o diabo», porque ele aí mesmo nos retém, na sombra da nossa miséria, em lembranças que nos mordem e remordem, e assim nos impedem de vir à luz e de avançarmos, para a meta da nossa recriação em Cristo. O nosso Deus, pelo contrário, é misericórdia, e com o seu perdão, renova a confiança em mim; no meu inverno vislumbra primaveras; no chão do meu caminho, desenha o futuro; faz-me olhar em frente, dá-me uma palavra de confiança e diz-me: «vai e não voltes a pecar» (Jo 8,11)! Acredito em ti, mais do que nas tuas fraquezas. Olho mais para o teu sofrimento, que para os teus pecados! Interessa-me mais o teu futuro, que o teu passado.
 
3. O  perdão de Deus cria-nos e recria-nos
Caríssimos irmãos e irmãs: somos feitos e refeitos por Deus. O seu perdão cria-nos e recria-nos, inova-nos, renova-nos, faz-nos inteiramente novos. É um perdão, que é sempre dom em excesso, amor dado, para além do esperado. É um perdão, que é mais do que um facto desculpado ou esquecido no passado. O perdão de Deus não leva em conta o mal recebido. Não se centra nem na ofensa, nem no ofendido. Dá mais que o merecido. O perdão é dom de Deus, que me faz novo, que me abre caminhos de futuro, que me incute a força de resistir ao mal e de não tornar a pecar. Se acolher esse perdão de Deus, que me transforma o coração, tornar-me-ei também capaz de o oferecer aos outros!
 
 4. Temos mais uma semana, para a celebração da reconciliação
Temos mais uma semana, para a celebração da reconciliação, para a prática do perdão pedido, recebido e oferecido.
Sábado, na Igreja Paroquial de Tarouca, das 15 às 17h.
Aproveitemos para virar de bordo, para arrepiar caminho, para mudar de rumo, para deitar pedras ao chão! Não vá naufragar a nossa embarcação, por excesso de peso, com tantas pedras na mão, no sapato e no coração! Deitemo-las ao chão. E, em vez de um dedo acusador, uma mão estendida. Em vez, de pedras, meu irmão, dá o teu perdão!
Fonte: aqui

quinta-feira, 14 de março de 2013

V DOMINGO DA QUARESMA - Ano C


A Primeira pedra
 
Leituras: aqui
 
 

 
Todos: Igreja casa do perdão
1. - É belo o episódio do Evangelho … Uma mulher pecadora apresentada a Jesus, para que fosse condenada…
2. - E o modo como Jesus abordou a situação…
- Todo o episódio é cheio de ensinamentos e novidade!
3. - Vamos reparar no modo como Jesus convida as pessoas a olhar para si mesmas!
-  «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra».
4. - É comprometedora a reação dos acusadores.
- Quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. E vem a surpresa de Jesus…
1. - «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».
- «Ninguém, Senhor».
-«Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».
2. - E neste gesto de Jesus acolhemos a misericórdia e o perdão de Deus…
3. - Jesus é o grande sinal do perdão de Deus…
4. - A Igreja é a casa do perdão… O perdão de Deus está à nossa disposição…
1. - Associado ao perdão está a conversão… Somos continuamente chamados à conversão.
- Somos continuamente chamados a reconhecer o que em nós não está bem e a reorientarmos a nossa vidas pelos caminhos do bem, do melhor bem…
2. - E tudo isto alicerçados na fé e confiança em Deus que nos oferece a sua compreensão, o seu perdão, a sua ajuda…
3. - É Ele que nos convida à esperança quando nos diz:
«Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes?
4. - Em Deus a nossa vida está sempre a recomeçar, a nascer de novo!
1. - Porventura das coisas mais difíceis de entendermos é como em nós, cristãos, considerados pessoalmente e em nós Igreja, conjunto dos batizados, coexistam ao mesmo tempo a santidade de Deus e o pecado do homem…
2. - É verdade! Somos santos e pecadores!
Todos: A Igreja é santa em Cristo e pecadora em nós os batizados.
3. - A doutrina da Igreja bem nos ensina: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação.
4. - Em Jesus Cristo, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31).
1. -Sabemos que o pecado não tem a força definitiva na nossa vida. Está vencido por Cristo.
2. - O que se nos pede é que aceitemos a Jesus Cristo … O que se nos pede é que façamos todos os esforços para O seguir como bons discípulos.
3. - Reconhecer e aceitar os nossos erros e pecados… Reconhecer e aceitar os erros e fracassos da nossa comunidade cristã; reconhecer e aceitar os erros e fracassos da Igreja no passado e no presente, é meio caminho andado  para o caminho da purificação, penitência e renovação.
4. - A outra parte do caminho á a confiança na misericórdia, no perdão de Deus, e na sua graça transformadora.
1.- Como S. Paulo reconhecemos que ainda não chegamos à meta, nem atingimos a perfeição… Mas continuamos a correr para ver se a alcançamos, uma vez que fomos alcançados por Cristo Jesus.
2. - Acreditamos na Igreja Comunhão, casa e escola da conversão. Acreditamos que somos Igreja Comunhão, casa e escola do perdão!
3-  Ouçamos um pouco do que nos diz o Catecismo da Igreja Católica sobre o perdão, ao falar-nos da reconciliação com a Igreja:
«Durante sua vida pública, Jesus não só perdoou os pecados, mas também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os havia afastado ou até excluído. Um sinal evidente disso é o fato de Jesus admitir os pecadores à sua mesa e, mais ainda, de Ele mesmo sentar-se à sua mesa, gesto que exprime de modo estupendo ao mesmo tempo o perdão de Deus e o retomo ao seio do Povo de Deus». (§1443)
- Todos: - Irmãos, a Igreja vive da Escritura, da Palavra de Deus que Deus nos dirige. A Igreja vive do perdão de Deus.. Queremos que a nossa paróquia e os nossos lares sejam casa e escola da conversão, casa e escola do perdão de Deus.